O Blogueiro que vos fala é um brasileiro, natural de Almino Afonso (Rio Grande do Norte). Sou apaixonado pelo Flamengo, meu time de coração! Mas fora do Brasil, soy Valencianista. O Valencia Club de Fútbol, clube de futebol da Espanha, me inspira bastante, pois como sabemos, na Europa, os campeonatos nacionais sempre são dominados por dois ou três times, no máximo quatro, e o Valencia, assim como outros times como Sevilla, Villareal e Atletico Madrid, sempre está na luta na busca por um título, não se envergando diante de gigantes como Barcelona e Real Madrid.
Muitos outros brasileiros que acompanham o futebol internacional preferem times como Manchester United, Chelsea, Arsenal, Liverpool, Real Madrid, Barcelona, Internazionale de Milão, Milan, entre outros (para citar alguns), pois estes são as principais figuras do futebol europeu (o segundo foco dos torcedores brasileiros depois do futebol brasileiro). Além do mais, os times citados detêm os maiores e melhores jogadores da atualidade, "papando" todos os títulos que um time médio, ou pequeno, anseia por conquistar.
Quando olhamos para o futebol na Espanha, percebemos dois times alternando-se entre os campões do campeonato nacional (La Liga - Campeonato Espanhol): Barcelona e Real Madrid. Se analisarmos o campeonato espanhol em períodos de 10 em 10 temporadas, podemos ver que destas, de cada período de 10 temporadas, no mínimo 6 pertencem a Barcelona e Real Madrid juntos e as outras 4 temporadas pertencem a times como Atlético Madrid, Athletic Bilbao, Valencia, Sevilla, Betis, Real Sociedad e Deportivo La Coruña. É uma poderosa dominação. Até o fim da temporada 2008/2009, O Real Madrid detinha 31 títulos da liga nacional, o Barcelona 19, o Atlético Madrid 9, o Athletic Bilbao 8, o Valencia 6 e o Sevilla, o Real Betis e o Deportivo La Coruña tinham 1 cada. Ou seja, até 2008/2009, das 78 edições disputadas, 50 taças pertenciam a Barcelona e Real Madrid juntos. As outras 28 dividem-se entre 7 times. Como eu disse, é uma poderosa dominação.
O futebol europeu detém a maior quantidade de estrangeiros jogando em seus clubes. Principalmente os grandes times, que montam verdadeiras seleções com os craques das mais variadas origens. Na Espanha não poderia ser diferente. Real Madrid e Barcelona, apesar de uma siginificativa presença espanhola, possuem em seus elencos muitos estrangeiros. No Real Madrid (nessa temporada 2009/2010), quase 63% dos jogadores são estrangeiros, isto é, mais da metade do elenco, e no Barcelona, 50% dos jogadores são estrangeiros, ou seja, metade do time. E não falo isso apenas referindo-se à Espanha. No Arsenal da Inglaterra, por exemplo, 70% do elenco é composto de jogadores não-ingleses. Isso desconfigura, de certa forma, a imagem da equipe: "Um bando de caras de outro país chegam e conquistam o campeonato no nosso país, vencendo nossos jogadores". Se fosse europeu, diria isso. É só prestar atenção: na convocação dos jogadores da seleção, a maioria dos jogadores a serem convocados pertencem a equipes menores, pois os grandes estão repletos de estrangeiros. Por exemplo, na Eurocopa de 2008, na convocação da seleção da Espanha, dos 23 jogadores convocados, 2 eram do Real Madrid e 3 do Barcelona. Dos 18 restantes, 5 jogavam fora e todos os outros 13 jogavam dentro da Espanha, em clubes como Villareal, Valencia, Mallorca, Getafe, Real Betis, Sevilla, Zaragoza. Ou seja, de todo o elenco da Espanha na Eurocopa 2008 (competição vencida pela Espanha com mérito), 56% dos jogadores distribuiam-se por times espanhois (exceto Real Madrid e Barcelona). Assim, dá para se notar que a base do futebol espanhol, por exemplo, está nos times médios e pequenos. O mesmo ocorre em países como Itália, Inglaterra e muitos outros.
Tudo isso é para mostrar que não torço pelo Valencia à toa, como quem quisesse ser diferente de todos os outros, torcendo por um time médio da Espanha, mas sim por que é um time de tradição, fundado em 1
919, e pelo qual já passaram jogadores como Mendieta, Santiago Cañizares, Amedeo Carboni e Mario Kempes. O Valencia, além de tudo, possui um dos artilheiros da seleção espanhola (que inclusive foi artilheiro da Eurocopa 2008): David Villa, que sempre figura entre os melhores jogadores do Campeonato Espanhol há algumas temporadas. Mas não quero referir-me apenas a um jogador, mas sim ao elenco do Valencia, que consegue manter o time competitivo. Nessa temporada 2009/2010, o time conta com 72% de jogadores espanhois. Também deve-se dizer que o Valencia já teve muitas outras conquistas, além das 6 taças nacionais, como a Copa do Rei, a Supercopa da Espanha, a antiga Copa da UEFA e a Supercopa da Europa. Ainda não conseguiu uma Champions League, nem, por conseguinte, um Mundial de Clubes, mas times como o poderoso Arsenal da Inglaterra também ainda não conseguiram tal feito. E é dessa maneira que o Valencia CF vai caminhando em passos bem trilhados e com uma torcida apaixonada, doida por Los Che, LOUCOS PELO VALENCIA! Espero que gostem dos temas tratados e aproveitem as postagens não muito frequentes, devido ao pouco tempo do blogueiro, mas que são feitas com muita seriedade! Amunt Valencia!
por Hiago Francimar
